segunda-feira, 21 de outubro de 2013

TRIANGULAÇÕES – 2013






Mostra que estreia em Brasília reúne trabalhos de artistas de três regiões distintas do País

A Mostra Triangulações inaugura, em Brasília, no dia 03 de outubro, um circuito de artes visuais que convida o público a admirar a diversidade e o ecletismo, já que promove o acesso a novas obras produzidas fora do eixo Rio-SP. A exposição reúne o trabalho de artistas em atividade no Distrito Federal, Bahia e Pernambuco. Com curadoria geral de Alejandra Muñoz e regional de Marília Panitz Silveira, ela traz peças de 49 profissionais de variadas gerações, sendo 20 baianos, 20 do DF e nove pernambucanos. Triangulações fica em cartaz no Museu Nacional até o dia 19 de outubro.



A proposta evidencia a riqueza da produção, tanto de talentos consagrados da arte contemporânea, quanto de promessas queestão despontando neste cenário. “A Mostra Triangulações foi pensada para fomentar a difusão e o intercâmbio de olhares entre obras e universos com perfis e problemas próprios, mas com demandas e anseios comuns para o debate artístico contemporâneo”, observa a coordenadora geral do projeto, Eneida Sanches. A montagem da exposição foi idealizada para criar diálogos e confrontos de apreciação com leitura em cinco eixos possíveis. A mostra impulsiona a troca de experiências entre os artistas envolvidos e, é claro, presenteia o público ávido a conhecer cores, formas e expressões de expoentes de cada localidade. “A intenção é fortalecer a arte, aproximá-la do público, dar visibilidade nacional aos artistas regionais”, reforça Marília Panitz, curadora do DF.





Eixos 


Intimo Eu - neste grupo, questões sobre erotismo, desejos e repressões são apresentados ora de modo ambíguo, conjugando aspectos lúdicos e perversos, ora misturando repertórios bizarros e abjetos com o cotidiano irrelevante. 

Sagrados & Profanos - este elenco abrange dimensões éticas da existência humana, desde a gramática de rituais religiosos conhecidos às raízes familiares mais introspectivas e menos acessíveis. 

Topografias Inefáveis - aqui são apresentados trabalhos que exploram o potencial da imagem como discussão de materialidades físicas intangíveis e espacialidades inacessíveis ao domínio empírico. 


Anti-Fábulas - compreende uma série de peças que, partindo de recursos gráficos e narrativos conhecidos e muitas vezes oriundos de linguagens como HQs, cinema e literatura, resultam em imagens que subvertem a aparência e a significação esperadas. 

(A)Caso (Re)Corrente - são exploradas possibilidades de ambiguidade, instabilidade e aleatoriedade como operações da arte contemporânea, propondo paradoxos como chave lógica para a fruição.





Curadores


Alejandra Hernández Muñoz, curadora geral. Uruguaia, residente em Salvador desde 1992, é arquiteta, mestre em Desenho Urbano e doutoranda em Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (FAU/UFBA). 

Marília Panitz Silveira, curadora do Distrito Federal. Nasceu em São Leopoldo, RS. Vive e trabalha em Brasília. Mestre em Arte Contemporânea: teoria e história da arte, pela Universidade de Brasília, trabalha como professora desde 1980. É professora da Secretaria de Educação do DF desde 1983. 



Eneida Sanches, coordenadora geral. Formada em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal da Bahia é criadora do Circuito das Artes, participando ativamente em todas as edições. Foi coordenadora da Galeria ACBEU, em Salvador, Bahia de 2002 a 2009. 


Fonte:Home page Circuito das Artes 2013

CIRCUITO DAS ARTES 2013



O CIRCUITO DAS ARTES 2013 compreende um  conjunto de exposições artísticas sob coordenação geral de Eneida Sanches e curadoria de Alejandra Muñoz. O projeto será realizado em duas etapas: a primeira, o CIRCUITO DAS ARTES BAHIA no período de 6 a 21 de julho em Salvador; a segunda, o CIRCUITO DAS ARTES TRIANGULAÇÕES com itinerância por outras capitais e co-curadoras em cada cidade.



O CIRCUITO DAS ARTES BAHIA tem como objetivo dar a conhecer e discutir a produção recente de artes visuais no estado, estimular a visitação a galerias de arte e museus, e possibilitar ao público a aquisição de obras de artistas renomados e iniciantes, a preços acessíveis. Realizado desde 2006, o evento chega a sua 6ª edição buscando implementar ações na área das artes visuais no sentido de estimular a multiplicidade e a diversidade de tendências e linguagens, apresentando um panorama do que está sendo produzido na Bahia. A presente convocatória visa selecionar 80 artistas para a mostra nesta primeira etapa, dos quais 20 participarão de itinerância na segunda etapa.





sexta-feira, 17 de maio de 2013

Ollhar de Péricles Mendes, 09 de Maio, Teatro Eva Herz - Livraria Cultura- Salvador







No Olhar de Péricles Mendes, fomos inundados por uma fotografia baseada em alicerces teóricos sólidos, erguidos sobre pilares de muita pesquisa, estudos e experimentações. Muitos artistas refletem o contexto econômico social no qual estão inseridos, fazendo da realidade uma fonte de inspiração para trabalhos conscientes que traduzem deficiências ou simplesmente aspectos do comportamento social que, às vezes de tão banais nos passam desapercebidos. Nessa linha de pensamento, artistas como Péricles se deixam permear totalmente por essas influências, não se desapercebendo do contexto onde seu pensamento e obra estão inseridos.

“Autômatos”, “L.A.P.A – Leitura em Ambientes de Passagem” e “Subtraídos: Uma Estética do Desaparecimento” foram alguns dos trabalhos apresentados por Péricles. Ao observá-los, ficou claro que o pensamento fotográfico do artista aborda constantemente o ambiente das cidades, com todos os seus progressos e retrocessos. Revelam-se justamente na casualidade, na decadência e na desorganização, temas possíveis para o pensar sobre. E são muitas as possibilidades de reinterpretar a realidade que nos circunda. O “Autômatos” por exemplo é um trabalho fotográfico onde Péricles recortou os detalhes da urbe, em sua confusão antiestética e decadência temporal, e que posteriormente, foi transformado num vídeo que recebeu menção honrosa pela inovação no 15º Festival Nacional Cinco Minutos realizado em Salvador – Ba em outubro de 2012.









A crítica é um elemento constante e caracterizador na obra de Péricles Mendes. Ele não se esquiva de estabelecer uma posição sobre temas que o incomodam, trazendo sim um juízo moral, baseado no estudo e conhecimento intelectual sobre os temas. Em sua obra, ele se posiciona como cidadão que faz parte do contexto crítico abordado, fugindo da passividade do ponto de vista do apenas “cidadão observador insatisfeito”. Péricles interfere em sua realidade, quebrando a perspectiva ortodoxa e criando uma dimensão paralela entre o real e as possibilidades do virtual, mas sempre levantando questionamentos validados pelo seu olhar cidadão e artístico, que aproveita as mazelas urbanas como inspiração recriadora para sua arte.

Foi um prazer ouvi-lo, Péricles Mendes!

Por Karla Braga
Fotos: Taciano Levi








O mar sempre exerceu um fascínio sobre minha pessoa, como artista visual não tardou para que essa convivência influenciasse minha poética, meu imaginário. O hábito corriqueiro de contemplar e caminhar pela praia, me possibilitou perceber o universo de costumes, tradições e valores da cultura que são agregados as águas do mar. Transformar estas observações /percepções em objetos estéticos, requer um comprometimento emocional real, verdadeiro, uma entrega sensorial na qual, só me interessa coexistir naquele instante de contemplação, renunciando o antes e o depois temporal. Então, só posteriormente a esta experiência de interação com o meio ambiente, posso exteriorizar minhas abstrações/reflexões.










quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013





O vídeo Autômatos participa da XI Bienal do Recôncavo - BA. 

Fotografia / câmera / direção / arte : Péricles Mendes. 
Direção / edição / finalização : André Pimenta.  

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

COLETIVO  TRÍPTICO 

Salão de Artes Visuais da Bahia - Edição 2012 - Juazeiro - BA




L. A. P. A - Leitura em Ambientes de Passagens - Coletivo Tríptico (Jô Felix, Péricles Mendes e Vladimir Oliveira)

L.A.PA - Leitura em Ambientes de Passagens, consiste no registro de uma performance realizada na Estação da Lapa, movimentado terminal de ônibus localizado no centro da cidade de Salvador. Trata-se de experimentar múltiplos modos de ocupação do espaço público, a partir de presenças temporárias do corpo em certos espaços da cidade. Tendo em vista os atributos fisico-espaciais que estruturam a estação (escadas de acesso e corredores), alguém entre tantos citadinos acelerados, contrário aos que vem e vão numa coreografia cotidiana automatizada, almeja concentrar-se numa leitura silenciosa, a fim de instaurar um intervalo, um ‘entre-espaço’ no espaço de um “não-lugar” comprometido com o transitório, a velo(cidade) e a solidão. A fotografia (registro da ação) reflete sobre esse espaço que se mostra fragmentado, evidenciando as escadas como signo de um ‘tempo de passagem’. Quanto à estética, as imagens foram capturadas sequencialmente em baixa-obturação e manipuladas digitalmente (corte) com a intenção de aludir há uma “espacialidade impossível” na qual, os efeitos de perspectivas e rebatimentos assemelhassem as estruturas arquitetônicas irreais de M. C. Escher.







Autômatos 

O projeto Autômatos propõe uma releitura da rede elétrica da urbe de Salvador cujo realismo funcional é abdicado em favor de uma construção subjetiva, que funde planos bidimensionais fragmentados a linhas virtuais de um voo. Por meio de uma hibridização de linguagens artísticas (vídeo, fotografia e arte digital) é demonstrado passo a passo à construção de espacialidades de uma obra artística. 
Formas lineares das redes elétricas e sua estrutura mecânica espacial são articulados e sobrepostos a seres orgânicos (urubus), cuja leveza do movimento irregular/imprevisível contrasta com a geometria rígida e pesada da rede elétrica. O processo de elaboração e maturação da pesquisa visual desenvolveu-se através de excursões nas ruas e avenidas; observando, fotografando e filmando cada objeto a ser integrado na obra.



Il progetto Autômatos propone una rilettura della rete elettrica della città di Salvador il cui realismo funzionale è abdicato in favore di una costruzione soggettiva, che fonde i piani bidimensionali frammentati alla linee virtuali di volo. Attraverso una ibridazione di linguaggi artistici (video, fotografia e arte digitale) è indicato passo per passo la costruzione della spazialità di un lavoro artistico. Forme lineari della rete elettrica e la sua struttura meccanica spaziale sono articolati e sovrapposti a esseri organici (avvoltoi), la cui leggerezza del movimento irregolare/imprevedibile contrasta con la geometria rigida della rete elettrica. Il processo di elaborazione e maturazione della ricerca visiva è stato sviluppato attraverso delle escursioni per le strade e viali; osservando, fotografando e filmando ogni oggetto da inserire nell’opera.
Questa ricerca si appoggia sul desiderio di cogliere il distacco sensoriale/percettivo del contesto urbano – uno spazio in continua trasformazione, movimento sinergico tra gli oggetti/esseri, l’architettura e i passanti.

O vídeo recebeu menção honrosa pela inovação no 15º Festival Nacional Cinco Minutos realizado em Salvador-BA em outubro de 2012. 

Carollini Assis - Coordenação do Júri
Adalberto Meireles - Crítico de Cinema
Caó Cruz Alvez - Animador
Lúcio Mendes - Fotógrafo, designer, técnico do acervo da Dimas
Márcia Nunes - Produtora
Tuna Espinheira - Cineasta
Washington Arléo - Artista plástico