domingo, 13 de setembro de 2009


O projeto geração Bit chega a sua terceira edição de oficina de Videoclipe, além de convidar nomes de destaque da área audiovisual para paletras, entre eles, Raul Machado, Rodrigo Barreto, Ale Briganti, Ricardo Spencer, Tadeu Jungle. Abaixo algumas imagens still do clipe de da Banda Teclas pretas.














domingo, 23 de agosto de 2009

Efêmero




Efêmero.

Péricles Mendes

Categoria: Instalação fotográfica

Modelo: Joelma Felix

Objetivo

A instalação fotográfica aqui apresentada tem o intuito de dialogar imagem e tempo como princípio de realidade para o observador através da metalinguagem. O reflexo do espelho remete ao lúdico e simultaneamente ao conceito fotográfico do discurso da mimese, convidando o observador a fazer um jogo de reflexos da sua imagem em tempo real, instantaneamente, com o índice fotográfico da modelo, passado, presa em seu próprio tempo. Através do jogo de espelhos o observador pode “construir imagens”, pois as portas móveis permitem uma composição de reflexões, podendo inserir-se na imagem.

O objeto da instalação propõe por intermédio de imagens e reflexos que o observador busque simultaneamente a si mesmo e o significado da obra, como quem se olha no espelho cruzando a recepção sensível da instalação com a contemplação de si próprio. Na composição das fotografias a metalinguagem mostra espelhos dentro das fotos que são refletidas pelo mesmo espelho real, externo. Estão “dentro e fora” da obra, relacionando duas temporalidades: presente (reflexo no espelho do armário) e passado (fotografias da modelo).






Justificativa

A direção do ensaio fotográfico partiu da possibilidade de fazer uma analogia de imagens fotográficas cuja modelo admira-se defronte a um espelho, com cenas do romance de Oscar Wilder – O retrato de Dorian Gray – onde o personagem principal, o próprio Dorian Gray, surpreende-se ao vislumbrar o seu retrato pintado por Basil Hallward. Na instalação o ensaio fotográfico tenta reproduzir de forma pessoal, uma cena na qual a modelo pousa e busca em si um padrão de beleza, no seu ato narcisista. No ensaio o espelho representa para a modelo o que o quadro de Basil Hallward é para Dorian: “um retrato da sua alma”, beleza efêmera e transtorno psicológico.

A efemeridade da beleza é consumada todos os dias pelo indivíduo ao fitar-se trivialmente no espelho, idolatrando o ego a favor da superficialidade da beleza física. Olhar no espelho e não se ver. Afinal, não deveria o observador buscar sua beleza interior, algo pleno que somente pode ser sentido, invisível aos seus olhos e que não pode ser refletido no espelho? Porque não buscar essa plenitude diante das obras de arte já que esta, possibilita ao observador a “si ver”? Segundo Paulo Sérgio Duarte: Muitas vezes o papel da obra de arte é apontar algo que falta em mim mesmo. A obra não vai me preencher, mas apontar que não estou completo, pois sequer eu imaginava que essa experiência seria possível. Ou seja, não sou completo como pensava que era. Estou cheio de vazios e a obra está lá para mostrá-los.

A verdadeira beleza é um estado de espírito, o qual é tão variável que passamos a amar e odiar nossa fisionomia.

Os nossos sentidos estão num estado contínuo de vicissitudes: um dia não temos olhos, outro ouve-se mal; e dum dia pro outro vemos, sentimos, ouvimos diversamente. (...) Acidentalmente, juntam-se ao mais belo objeto idéias desagradáveis” ¹

É essa efemeridade de sentimentos que interfere na nossa recepção, reflexão e razão. Assim como nada se fixa ou demarca no espelho, sua superfície é efêmera, volúvel. Só através da fotografia o reflexo do espelho foi contido, fixado, deixando de ser passageiro e passando a ser uma representação perpetuada. O efêmero, presente no movimento do reflexo; contra, a fixidez perpetua do golpe do obturador.

Dimensões: (L x A x P) 78 x 50 x 11 cm.

Altura recomendada: 1,20 m








sábado, 11 de julho de 2009

Salão de Fotografia do Mar






O Salão de Fotografia do Mar é um concurso de fotografia, que dará origem a uma exposição.
O evento, organizado pelo Comando do 2º Distrito Naval, com o apoio da Casa da Photographia, faz parte das
comemorações do bicentenário de nascimento do Almirante Tamandaré, Patrono da Marinha do Brasil.
Tema: Amazônia Azul
Foto: Maramar, Rio e s/título

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Doce de Santo



Foto: Péricles
Modelo: Zingara

Doce Santo Mostra enfoca fragmentos
de vivências da cultura
popular associadas aos santos
dos doces e guloseimas Cosme e
Damião. o Galeria ACBEU t 71 3444-
4423 q abertura 5, 19h, visitação 6/6
a 20/6, seg a sex, 14 às 20h, sáb 16 às
20h $ Grátis r Galeria Acbeu

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Mar de Alma

A poética dos pescadores de Itapuã, sua relação harmoniosa e respeitosa com o mar, é tema da primeira exposição individual do fotógrafo Péricles Mendes. Vencedor do edital Portas Abertas para as Artes Visuais, da Fundação Cultural do Estado da Bahia, Péricles expõe Mar de Alma na Galeria Pierre Verger a partir de quinta-feira, dia 27 de setembro, às 19h. A visitação acontece de 28/09 a 04/11, de segunda sexta, das 9h às 21h, fins de semana e feriados, das 14h às 21h, com entrada franca.
Morador de Itapuã desde o nascimento, há 31 anos, Péricles iniciou o ensaio fotográfico documental em 2006, buscando traduzir nas imagens sua relação amorosa com o mar, construída desde a infância. “O tema da pesca veio durante as sessões fotográficas. Percebi, então, o pescador como um ser poético, cuja lida diária é permeada de crendices e uma extrema harmonia com a natureza”, conta. A exposição consta de 17 fotos coloridas, em tamanhos variados.
Preocupado com o destino da sua comunidade, Péricles salienta que é grande a especulação imobiliária em Itapuã. “Estão derrubando coqueirais para construir condomínios fechados. Não há o devido respeito às riquezas naturais da região”, protesta.
Mar de Alma é a primeira exposição premiada pelo edital Portas Abertas a ser lançada.





Mar de Alma

O mar invade os corpos,
As pedras escuras,
A dor e a alegria dos que caminham com o olhar absorto no mar.
Carrega na sua correnteza o cotidiano alheio
E as areias que sustentam os pés entregues ao sal.

Enche o vermelho de sol, o azul de céu.
Um Pulsar que fala a língua sonhar
Arrebenta o concreto indiferente dos homens,
A rede do pescador,
O vazio dos esquecidos.

Leva o dia contigo, mar.
Traz as paixões,
Os sonhos,
As sereias,
A infinitude do amar pra esse porto chamado Alma.

Péricles M.
21/09/07

Mar de Alma





Apresentação

Mar de alma é um ensaio fotográfico documental que retrata o cotidiano da marina do bairro de Itapuã, Salvador. Visa valorizar a estética do espaço da orla de itapuã, seus personagens e as atividades relacionadas ao mar, através de imagens fotográficas realizadas no período de março a setembro de 2006. “Mar de alma” sustenta-se num discurso visual onde a imagem romântica é focada pela cor e contexto de seus personagens.

A justificativa do ensaio “Mar de alma” dar-se pela importância em se valorizar e preservar a cultura e memória popular do bairro de Itapuã, mais precisamente ao universo pesqueiro. Vale ressaltar que a pesca, uma atividade secular que proporciona sentimentos bucólicos e nostálgicos, guarda sua essência ancestral, essa mesma essência que inspirou artistas como Calasans Neto, Dorival Caymmi, Vinícius de Moraes, Pierre Verger, entre outros e ainda perdura como fonte de matéria-prima de valor inestimável.
O bairro de Itapuã possui uma colônia de pesca próxima à escultura da Sereia de Itapuã, com aproximadamente 2.800 pescadores cadastrados, que fazem da pesca uma atividade que alia profissão e lazer. Próximo ao farol de Itapuã está à segunda colônia, abrigando a cooperativa de pescadores.
Na década de 70, o bairro era um dos principais pontos de exploração da pesca baleeira no estado, deixando resquícios desta prática até hoje nas suas praias (ossos) e na sua arquitetura; pois algumas casas foram construídas a partir do óleo extraído da baleia. A influência do mar começa pelo próprio nome do bairro que em tupi-guarani significa “pedra que ronca”. Sempre que a maré se encontra vazante, a pedra, localizada numa bancada de recife, ronca. Os pescadores, perpetuando um ritual antigo, saúdam e pedem proteção à pedra quando partem em alto-mar. Até hoje é possível ver a lida dos pescadores ao nascer do sol e nos fins de tarde, todos os dias.

sábado, 31 de janeiro de 2009

O Açúcar e a Gente




O Goethe-Institut Salvador-Bahia é um espaço de encontro e intercâmbio culturais. Dessa vez, o instituto deu continuidade a esta missão através de um concurso de fotografia tanto para profissionais quanto para amadores. Como tema principal da sua programação cultural para o ano 2008, o Goethe-Institut escolheu “A Rapadura e o Fusca – Cana, Sociedade, Ambiente”. Este projeto multimidiático dedica-se ao significado histórico do açúcar como impulso da migração forçada entre os continentes na época colonial, assim como à cultura e estrutura social da Bahia que resultaram deste processo. Além disso, pretende-se lançar uma visão crítica sobre a importância atual do açúcar como substituto renovável para as energias fósseis. Para o projeto, estão previstos uma exposição de arte, um show e uma peça teatral e uma série de simpósios discursivos. Nesse contexto, o Prêmio Baiano de Fotografia Goethe-Institut pretende lançar luz sobre os diversos aspectos do açúcar no sentido mais abrangente, sem que haja limitações artísticas e temáticas.

Título - Herança
Técnica- fotografia

Dimensão - 30 x 45
Foto - Praia de Itapuã -12/2007