domingo, 13 de setembro de 2009
domingo, 23 de agosto de 2009
Efêmero
Efêmero.
Péricles Mendes
Categoria: Instalação fotográfica
Modelo: Joelma Felix
Objetivo
A instalação fotográfica aqui apresentada tem o intuito de dialogar imagem e tempo como princípio de realidade para o observador através da metalinguagem. O reflexo do espelho remete ao lúdico e simultaneamente ao conceito fotográfico do discurso da mimese, convidando o observador a fazer um jogo de reflexos da sua imagem em tempo real, instantaneamente, com o índice fotográfico da modelo, passado, presa em seu próprio tempo. Através do jogo de espelhos o observador pode “construir imagens”, pois as portas móveis permitem uma composição de reflexões, podendo inserir-se na imagem.
O objeto da instalação propõe por intermédio de imagens e reflexos que o observador busque simultaneamente a si mesmo e o significado da obra, como quem se olha no espelho cruzando a recepção sensível da instalação com a contemplação de si próprio. Na composição das fotografias a metalinguagem mostra espelhos dentro das fotos que são refletidas pelo mesmo espelho real, externo. Estão “dentro e fora” da obra, relacionando duas temporalidades: presente (reflexo no espelho do armário) e passado (fotografias da modelo).
Justificativa
A direção do ensaio fotográfico partiu da possibilidade de fazer uma analogia de imagens fotográficas cuja modelo admira-se defronte a um espelho, com cenas do romance de Oscar Wilder – O retrato de Dorian Gray – onde o personagem principal, o próprio Dorian Gray, surpreende-se ao vislumbrar o seu retrato pintado por Basil Hallward. Na instalação o ensaio fotográfico tenta reproduzir de forma pessoal, uma cena na qual a modelo pousa e busca em si um padrão de beleza, no seu ato narcisista. No ensaio o espelho representa para a modelo o que o quadro de Basil Hallward é para Dorian: “um retrato da sua alma”, beleza efêmera e transtorno psicológico.
A efemeridade da beleza é consumada todos os dias pelo indivíduo ao fitar-se trivialmente no espelho, idolatrando o ego a favor da superficialidade da beleza física. Olhar no espelho e não se ver. Afinal, não deveria o observador buscar sua beleza interior, algo pleno que somente pode ser sentido, invisível aos seus olhos e que não pode ser refletido no espelho? Porque não buscar essa plenitude diante das obras de arte já que esta, possibilita ao observador a “si ver”? Segundo Paulo Sérgio Duarte: Muitas vezes o papel da obra de arte é apontar algo que falta em mim mesmo. A obra não vai me preencher, mas apontar que não estou completo, pois sequer eu imaginava que essa experiência seria possível. Ou seja, não sou completo como pensava que era. Estou cheio de vazios e a obra está lá para mostrá-los.
A verdadeira beleza é um estado de espírito, o qual é tão variável que passamos a amar e odiar nossa fisionomia.
“Os nossos sentidos estão num estado contínuo de vicissitudes: um dia não temos olhos, outro ouve-se mal; e dum dia pro outro vemos, sentimos, ouvimos diversamente. (...) Acidentalmente, juntam-se ao mais belo objeto idéias desagradáveis” ¹
É essa efemeridade de sentimentos que interfere na nossa recepção, reflexão e razão. Assim como nada se fixa ou demarca no espelho, sua superfície é efêmera, volúvel. Só através da fotografia o reflexo do espelho foi contido, fixado, deixando de ser passageiro e passando a ser uma representação perpetuada. O efêmero, presente no movimento do reflexo; contra, a fixidez perpetua do golpe do obturador.
Dimensões: (L x A x P) 78 x 50 x
Altura recomendada:
sábado, 11 de julho de 2009
Salão de Fotografia do Mar
O evento, organizado pelo Comando do 2º Distrito Naval, com o apoio da Casa da Photographia, faz parte das
comemorações do bicentenário de nascimento do Almirante Tamandaré, Patrono da Marinha do Brasil.
Tema: Amazônia Azul
Foto: Maramar, Rio e s/título
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Doce de Santo
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Mar de Alma
Mar de Alma
O mar invade os corpos,
As pedras escuras,
A dor e a alegria dos que caminham com o olhar absorto no mar.
Carrega na sua correnteza o cotidiano alheio
E as areias que sustentam os pés entregues ao sal.
Enche o vermelho de sol, o azul de céu.
Um Pulsar que fala a língua sonhar
Arrebenta o concreto indiferente dos homens,
A rede do pescador,
O vazio dos esquecidos.
Leva o dia contigo, mar.
Traz as paixões,
Os sonhos,
As sereias,
A infinitude do amar pra esse porto chamado Alma.
Péricles M.
21/09/07
Mar de Alma
Apresentação
sábado, 31 de janeiro de 2009
O Açúcar e a Gente
O Goethe-Institut Salvador-Bahia é um espaço de encontro e intercâmbio culturais. Dessa vez, o instituto deu continuidade a esta missão através de um concurso de fotografia tanto para profissionais quanto para amadores. Como tema principal da sua programação cultural para o ano 2008, o Goethe-Institut escolheu “A Rapadura e o Fusca – Cana, Sociedade, Ambiente”. Este projeto multimidiático dedica-se ao significado histórico do açúcar como impulso da migração forçada entre os continentes na época colonial, assim como à cultura e estrutura social da Bahia que resultaram deste processo. Além disso, pretende-se lançar uma visão crítica sobre a importância atual do açúcar como substituto renovável para as energias fósseis. Para o projeto, estão previstos uma exposição de arte, um show e uma peça teatral e uma série de simpósios discursivos. Nesse contexto, o Prêmio Baiano de Fotografia Goethe-Institut pretende lançar luz sobre os diversos aspectos do açúcar no sentido mais abrangente, sem que haja limitações artísticas e temáticas.
Título - Herança
Técnica- fotografia
Dimensão - 30 x 45
Foto - Praia de Itapuã -12/2007